
nesses anos, em que estou longe do corpo físico da minha mãe, Me sinto perdida.Quando ela adoeceu, achei que seria algo passageiro. Nesse momento eu estava me sentindo forte! eu achava que era a pessoa mais forte. acima de tudo, acreditava que quando alguém parte, está apenas deixando o corpo físico, pois o espírito não morre, apenas troca de morada. Achava que não deveria chorar muito porque, mesmo no plano espiritual, ela poderia sentir minha tristeza e eu não queria isso. A vida tinha que continuar... Voltei para minha casa... Chorei sim, um choro controlado. Quando parecia me descontrolar,pensava q ela estava ali comigo,naquele momento.Mais ou menos um mÊSapós a sua partida, já não conseguia dominar o choro; quando a saudade me apertava, chorava uma saudade doída... Já não era um choro controlado, fechava a porta do quarto, as lágrimas desciam e eu gritava em pensamento que a queria ao meu lado. Sentia-me uma criança pequenina e órfã. No Dia das Mães e no aniversário dela eu me consumia aos poucos. Já não importava se meu choro iria prejudicá-la no mundo espiritual, eu a queria ao meu lado, e por várias noites pedi que voltasse pra junto de mim. Várias vezes briguei com Deus, chamando-o de injusto por tê-la levado tão cedo. Ela partiu e eu fiquei doente de saudade, já não me escondia para chorar. Quem perguntasse o porquê do choro, dizia... “Perdi a minha mãe, ela me faz falta e eu a quero do meu lado!”. Quando me sentia perdida chamava-a.Queria porque a queria ao meu lado novamente. E assim fui caminhando, inconformada e chorando uma saudade doída. Aquela pessoa forte já não existia mais,Não importa que as pessoas digam “não chore, seja forte, você precisa se controlar". Esqueçam. Por um tempo pense apenas em você e na sua dor, e “curta” essa dor o tempo que for necessário.
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